domingo, 28 de agosto de 2011

Sentado em sua poltrona
Absorto em suas próprias fórmulas.
Tinha por companheiros
Cachimbo
Vinho tinto e 
Bom livro.
Tinha um
Je ne sais quoi
Que o tornava muito atraente.

Havia muito
Era observado por uma senhorita
Ainda jovem e 
Alegre.
Perguntava-se 
Quando e se
Algum dia
Ele sairia do quadro
Rasgaria a moldura
E a convidaria para fazer parte de sua cena.

domingo, 21 de agosto de 2011

Fuja.
Abrigue-se de você mesmo.
Encontre o esconderijo perfeito
E fique lá.
Em silêncio.
Sentimentos e sensações trancafiados.
Sem movimento algum.
Não pronuncie nada que
Possa ser usado
Contra você.
Não olhe pelas frestas.

Faça de seu medo
Seu alter ego
ID e subconsciente.

Use toda sua coragem
Para viver em seu próprio exílio.
Saber
o
que
se
quer
é
realmente
um
luxo.
Essa coisa de ser feliz
É tão mais fácil do que eu pensava...
Há muito não penso
Em muitas coisas que
Antes importantes
Agora adormecidas.

Saudade apenas sentida.

Encontrei um sentido maior.

sábado, 20 de agosto de 2011

É preciso uma mínima distância.
Um pequeno intervalo,
Um sutil afastamento
Para que o oxigênio permita que
O fogo cresça
Devore e
Aqueça.

Sutil afastamento.
Pequeno intervalo.
Mínima distância.
Não isso que me impões.
O que foi suficiente no início
Já não é o que basta agora.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Parei.
Olhei.
Escutei.
Não vi o trem,
Resolvi que era chegada hora de
Avançar.

Inércia insuportável,
Tempo demais.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

 So much to say
 And still
 Hidden in my own silence.

 So much feeling
 And still today
 Comforted by forgetfulness.

So much ahead
And still
Locked up underneath it all. 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Experimente o mel
E o féu.

Liberte-se das amarras.

Entregue-se.
Perguntas ao norte.
Ao sul, os olhos verdes
Confessam o que já ñ é mais 
Segredo.
Ou seriam azuis?

Aguardam o dia em que
Imagem e espera
Se transformem em abraços
Beijos e desejo.

domingo, 14 de agosto de 2011

Fogo.
Fogo que esquenta
Ilumina
Instiga e
Incendeia.

Fogo.
Fogo que encanta e 
Queima.

Fogo.
Chamas.
Chamo.

Vem...
Hoje, andando pela cidade, passei pelas árvores e bancos de praça onde, por algum tempo, tivemos nosso verão.

Assim como as estações, estamos agora no inverno do que restou de nós. Dias sombrios, silêncio nas ruas e frio, muito frio.

Primavera se aproxima, e teremos novamente o colorido das flores.

As cores do teu rosto,
Dos teus olhos
O som da tua voz
E o calor do teu abraço
Voltarão com os dias de setembro?
Um quase-possível-talvez.
Parece muito trabalho
Por tão pouco.

sábado, 13 de agosto de 2011

Pergunte o que quiser.
Responderei com sinceridade.

Mas
Cuidado...

Já ouviu falar de
Pandora e sua caixa?
Incompreensão.
Eis o que nos distancia.
O tempo que passa
O caminhar dos ponteiros
O deslizar das nuvens
O cair da lua
O nascer do sol.

Tudo me escapa
Enquanto desenho finos traços
Contornando o que para mim
Ainda é fugaz.
Façamos assim: te espero todas as noites
Para que meu sorriso seja mais largo
E para que meus olhos tenham mais brilho.

Em troca
Prometo afagos e
Lembranças.

Pegar ou largar.
Algo em mim é uma mentira.
Reinvenção de mim mesma
Para o que me convém.

Vamos?

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sol.
Frio.
Chuva.
Calor.
Vento.
Um passeio ao ar livre.
Música.
Tudo me inspira você.
Tudo me faz lembrar de você.
Tudo...

sábado, 6 de agosto de 2011

Você não viu o fogo.
O trabalho.
E o outro.
Você não viu 
Nem ouviu
O silêncio
A alegria
E a saudade.
Você não sentiu
O vazio.